sábado, 15 de abril de 2023

Brasília, a capital da esperança, no formato de um avião

Brasília um dia foi um sonho! Nascida nos campos cerrados, a capital do Brasil foi construída, segundo os esotéricos, em um grande campo energético, em cima de cristais. E dizem que é por isso que tem o céu azul tão lindo, de uma beleza inigualável! Uma cidade planejada, com suas largas Avenidas, grandiosas árvores frutíferas e suas praças e monumentos modernos. É a maior cidade do mundo construída no Século XX.

No local havia moradores do Quilombo Mesquita, desde o Século XVIII. Os negros tiveram, de acordo com documentos da época, participação direta na construção de Brasília, com alimentos produzidos por eles e construção de refeitórios e hospedagens.

Fundada em 1960, por Juscelino Kubistchek, Brasília se destaca por sua arquitetura futurista, idealizada pelos arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, através do Projeto Plano Piloto. 


A Catedral Nossa Senhora Aparecida, conhecida como Catedral de Brasília, tornou se um ícone da capital, património da humanidade. Possui características modernas, e aponta para o alto, quase que como em oração. Alguns dizem que faz uma alusão à coroa de cristo. 






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As estátuas de evangelistas são obras de arte em frente à Catedral - Mateus, Marcos, Lucas e João.




Os anjos no interior da Catedral e pendurados no alto lembram Miguel, Gabriel e Rafael








É impressionante a réplica da Pietá, de Michelangelo. Ela possui seiscentos quilos e 1,74 metros de altura.


A via Sacra na parede é obra de Cândido Portinari


Eu tive o privilégio de conversar com o jornalista e escritor José Osório Naves, da Federação Nacional do Turismo. José Naves trabalha há mais de 60 anos como jornalista, conheceu mais de trinta países, é um apaixonado por Brasília. 


 Nosso encontro para a entrevista foi o Hotel Saint Paul, Asa sul de Brasília, onde fiquei hospedada


Ele escreveu o livro  Brasília, Histórias da História da Capital do Terceiro Milênio

"Dos Ermos do cerrado a Patrimônio Cultural da Humanidade." O título do livro já é um convite para se refletir na grandeza e conquista desta cidade esperança. 

O autor do livro José Naves fala sobre algumas curiosidades de Brasília e depois da importância da Catedral e seu lado humanístico, além de destacar outros aspectos da cidade







Do alto da Torre da TV, projetada pelo francês Lúcio Costa, outro grande idealizador de Brasília,  conseguimos avistar o famoso Plano Piloto, em formato de avião. 

Então à frente a Esplanada dos Ministérios, e do lado direito a Asa Sul
e do lado esquerdo a Asa Norte.














 Outro ponto importante de Brasília é o Itamaraty- Ministério das Relações Exteriores. Órgão encarregado de executar a política externa brasileira. Serve para apresentar o Brasil para os estrangeiros e negociar com outros países, de maneira diplomática


Projetada por Oscar Niemeyer, a imponente Esplanada dos Ministérios tornou se o símbolo de Brasília. Ela se destaca com seu gramado que costuma receber as festividades da cidade. Abriga a Casa Civil, Secretaria Geral e de Comunicação social, além do Gabinete de Segurança.




E o Palácio do Planalto?  Fica na Praça dos Três Poderes, é onde se situa o Gabinete do Presidente da República do Brasil. Projeto de Oscar Niemeyer, inaugurado em 1960. É onde o presidente recebe autoridades, despacha e cumpre seus deveres de chefe de Estado. Tem capacidade para receber até 1 mil convidados.



Os Ministérios do Brasil são órgãos do poder executivo federal brasileiro. Desde janeiro de 2023 possuem 37 pastas ministeriais
Entre as pastas inéditas está a dos Povos Indígenas
Nesta foto eu estou em cima do eixo da rodoviária, em baixo e atrás a sequência dos prédios dos Ministérios


Localizado na Asa Norte do Plano Piloto, o Teatro Nacional de Brasília, cujo nome é Teatro Cláudio Santoro, tem formato de uma pirâmide irregular, sem o ápice. Ele está atualmente em reforma. A obra permanece inativa há mais de dez anos. A previsão é de que fique pronto daqui a cinco anos, segundo informação do Segurança do local, que afirmou estar proibida qualquer foto do interior do teatro. 

O espaço já serviu para Missa do Galo e até campeonato de vôlei, desde a sua inauguração em 1960. Muitos artistas já passaram por lá como Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Ziembinski e Companhias de dança como Balé Bolshói, da Rússia, Balé Ópera de Paris, além de cantores como Maria Bethânia, Caetano Veloso, Astor Piazzola, entre outros.










O memorial JK, imponente e moderno, também obra de Oscar Niemeyer, apresenta a história, os momentos da inauguração de Brasília, os objetos, como medalhas, livros e até o uniforme militar do grande visionário e estadista Juscelino Kubitschek
Nascido em Diamantina, foi prefeito e governador de Minas Gerais, era membro da maçonaria, seu avô veio da Tchecoslováquia. Foi médico coronel da PM e realizou este grande sonho da construção de uma cidade do futuro, na região de cerrado do centro oeste brasileiro. 







Aqui sua biblioteca



Juscelino ficou conhecido como o presidente da Bossa Nova e com o slogan de " cinquenta anos em cinco" como marca de metas de desenvolvimento.



Em frente ao Memorial, há a estátua do casal Sarah e Juscelino de mãos dadas, no jardim. Uma atmosfera romântica nos envolve neste gramado, principalmente quando conhecemos a importância do amor dos dois que se casaram e tiveram duas filhas, uma delas adotiva.




Com o Golpe de 1964, Juscelino teve sua cassação e exílio na Europa
 até 1967
Voltou ao Brasil e foi viver como agricultor, provando que o cerrado poderia ser produtivo na agricultura. Foi mesmo um homem à frente do seu tempo! Morreu em 1976, na Rodovia Presidente Dutra, quando retornava do Rio de Janeiro. Seu Opala preto se desgovernou, supostamente, após se chocar com um ônibus, cruzou a pista e bateu de frente com uma carreta Scania. JK e o motorista Geraldo Ribeiro morreram na hora. Existem mais de 90 indícios de que ele foi vítima de complô e atentado político, em um momento em que lutava pela redemocratização do país.







Logo em frente ao Memorial JK, na Praça do Buriti, situa-se o Memorial dos Povos Indígenas
Uma importante Instituição de Pesquisa, projetado pelo Oscar Niemeyer, idealizado por Berta e Darcy Ribeiro.
 Sua arquitetura é inspirada em uma maloca redonda.




Como radialista da USP - Universidade de São Paulo, por tantos anos eu não poderia deixar de conhecer a Empresa Brasileira de Comunicação. O produtor cultural da Rádio Nacional, Antônio Carlos, me recebeu  e me levou gentilmente para conhecer as instalações da rádio. Ele me apresentou ao sonoplasta José Lins que falou sobre seu trabalho no Brasil Rural. Conheci também a coordenadora Fátima Sant,  que me contou sobre seu mais recente projeto: Um programa sobre turismo. O que me deixou ainda mais empolgada.
  



Relembrando meus bons tempos de radialista, fiz até uma pose para foto.



Fazem parte da EBC a Rádio Nacional, famosa pela Voz do Brasil, MEC, Amazônia e TV Brasil. 










 "Capital do Rock brasileiro", este é o nome que recebe Brasília, quando se trata de música. Afinal a cidade já revelou muitas bandas importantes como Legião Urbana, Capital Inicial e outras... 
E eu não pude resistir a conhecer os lugares mais badalados da noite brasiliense. 


Encontrei bares (espécie de pubs) interessantes, lotados e bem agitados!




E me sentei à mesa só para curtir o bom rock da banda que se apresentava na Rota do Vinho 


E me apaixonei pelo Rock Nacional e Internacional tocado naquela noite de sábado pela Banda Cayman


Uma pena, pois havia acabado a bateria do meu celular no momento da gravação, e a banda já estava finalizando o show daquela noite! 

Um lugar alternativo, descolado e gracioso é o Colabora Espaço Coletivo.
 Fundado em 2018, a principal atividade do local é o comércio varejista de Souveniers, Bijuterias e artesanatos caprichados. 
 Cheio de charme, comercializa também roupas modernas, comidinhas saborosas, cafés e drinks especiais. Um bom local de encontro e ótimo para poetas, músicos e artistas. Ideal para apresentações de performances.






E aqui minha foto com a Bruna, uma das proprietárias e organizadora dos eventos.
Há criatividade e colorido até no tronco da árvore, com trabalho artesanal.




Naquele final de tarde de sábado, o Colabora recebia o Coletivo de Poetas, com o lançamento do livro Brasilidade, que reúne poesias de 31 poetas



Eu não poderia deixar de conhecer o Lago Paranoá. Deslumbrante! Um dos maiores lagos artificiais do mundo. Estive no Pontão, famoso com seus bares, cafés e restaurantes.
Mas conhecido principalmente pela natureza do lugar.

A beleza vem desde o entardecer, com aquele friozinho de outono, propício para um chocolate quente!

















Até o espetáculo do anoitecer com as luzes na beira do lago!



Por conta da proximidade da Páscoa, pude desfrutar de um cenário encantador - Fazenda do Senhor Coelho, uma atração animada para crianças de todas as idades.



Páscoa é renovação!



E eu termino com o encantamento da descoberta, pois me lembro que quando tinha sete anos, fui "miss Brasília" no Grupo Escolar, em uma festa de representação de estados e capitais.( Prometo que se achar a foto, postarei aqui rsrsrs) 

Daí veio a minha curiosidade desde a infância por esta cidade.

Confesso que muitas vezes parecia estar sonhando...Sim, o sonho de Brasília! Este que já foi o sonho de Dom Bosco, o sonho que Juscelino teve com o faraó, pedindo para construir a cidade do futuro em um campo energético  ... Enfim "sonhos que podemos ter..." 
Sonhos daqueles que ainda enxergam um futuro brilhante. 
 Quem sabe? Como na canção de Ivan Lins, estamos vivendo um novo tempo.   
 Afinal no céu de Brasília há 
 estrelas que brilham, portanto há esperança!
E como na letra do Legião urbana
" Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo...." 




Annete Moreira 
Momento Cult Tur
Apoio - Rádio Marca Brasil
www.radiomarcabrasil.com

E agradeço ao apoio dos meus amigos
:
 Ao jornalista Carlos Conde, que trabalhou muitos anos em Brasília ,que me incentivou e fez várias referências de lugares
à  Carmem Silvia Autuori, apaixonada pela cidade, que me inspirou
 à jornalista  Eni Simões Magro, que teve seu avô como um dos fundadores de Brasília, e me relatou várias histórias



à historiadora e jornalista de teatro Nanda Rovere, que conheci em um teatro em São Paulo, por ter me indicado um bom hotel para hospedagem, ter me enviado gentilmente várias dicas e explicações e ter se declarado admiradora de Brasília
à Gilda Vandenbrande, diretora teatral, que me alertou sobre o trabalho do negro em Brasília

 Ao meu marido Rinaldo Milesi, que me apoiou financeiramente para fazer esta viagem e é o revisor do meu texto
 e a Eduardo Daher, presidente da Confraria de Gastronomia Árabe, que produziu a entrevista com o jornalista José Naves e  me ajudou com orientações


TODOS NÓS AGORA TEMOS ALGO EM COMUM:
 A PAIXÃO POR BRASÍLIA