Eu procurava um lugar especial! Foi comentando sobre isso que Vera Lúcia Dias, guia de turismo e turismóloga, me indicou este Casarão do ano de 1870, no triângulo histórico do centro velho de São Paulo. Nós gostaríamos de um espaço para apresentar o espetáculo Olhos Moles, sobre a trajetória de Pagu, exatamente para lembrar a data de aniversário dela em 9 de junho.
Depois de ouvir a história contada pelo Luís e experimentar um almoço delicioso, oferecido gentilmente pelo casal, eu fiquei certa de que este seria o lugar ideal.
Pagu foi jornalista, escritora, militante política e cultural. Eu resolvi, depois de intensa pesquisa e entrevistas, escrever um texto inspirado em sua trajetória de luta e exemplo de grande mulher. Desde 2019, apresento este espetáculo, sob direção de F E Kokocht e Gilda Vandenbrande.
Buscávamos um lugar onde Patrícia Galvão viveu na cidade de São Paulo, na década de 1930, onde fervilhavam os acontecimentos da modernidade e agitação dos intelectuais paulistanos.
O casarão do Conselheiro, hoje um excelente espaço cultural, fica ao lado de onde Pagu e Oswald de Andrade trabalharam no Jornal, bem perto do Largo São Francisco e a Faculdade de Direito. Do outro lado da rua fica a Casa da Marquesa de Santos, na rua Roberto Simonsen e ali perto a Praça da Sé e Pátio do Colégio.
Vista do alto do Restaurante Cama e Café São Paulo, na rua Roberto Simonsen,79
Retornei no dia seguinte e tive a honra de acompanhar o lançamento do livro do professor e historiador de Guaratinguetá, Diego Amaro de Almeida, cujo título é A Dama e o Conselheiro.
Luis Antônio Santos apresentando um pouco do histórico da Casa do Conselheiro, hoje Restaurante Cama e Café São Paulo ao público
Família do Conselheiro
Aqui o sobrinho neto Francisco Antônio Dutra Rodrigues, o historiador Diego Amaro de Almeida e sobrinho neto, José Dutra
E pra minha surpresa, esta história tem relação com uma famosa lenda
A Loira do banheiro. História que ouvíamos quando crianças e tanto temíamos quando entrávamos no banheiro da escola.
Trata-se da história de Maria Augusta de Oliveira Borges, que se casou, aos 14 anos, com o Conselheiro Manuel Dutra Rodrigues. Ela vinha da família de um Visconde de Guaratinguetá, interior de São Paulo.
Maria Augusta fugiu depois de 5 anos de casada e foi viver no Rio de Janeiro. Mais tarde se mudou para Paris. Era uma mulher à frente de seu tempo.
Diego destacou a importância do Conselheiro, que fora professor da Faculdade de Direito, homem importante da época.
O historiador explicou que anos depois a moça morrera na França e seu corpo foi trazido de navio para o Brasil. .O corpo embalsamado demorou quatro meses para chegar à cidade de Guaratinguetá
Ele contou que a mãe, quando recebeu o corpo, não permitiu que a enterrassem. Um dia Maria Augusta surgiu em sonho, pedindo para ser enterrada.
Segundo estudos de Diego foi a partir daí que surgiu a lenda a LOIRA DO BANHEIRO, narrada brilhantemente no seu livro, depois de extensa pesquisa dos fatos.
Envolto e histórias e lendas temos hoje a oportunidade de encontrar pessoas imprescindíveis para nossa cidade e momento histórico, como a Cleide e o Luís que apoiam a cultura e a preservação da nossa história assim como Diego, este grande professor e escritor, que acima de tudo valoriza nosso patrimônio cultural.
No dia 9 de junho haverá um passeio turístico com a turismóloga Vera Lúcia Dias, sempre valoriza o centro da cidade de São Paulo, depois haverá um almoço preparado especialmente para este dia e a apresentação de Olhos Moles, sobre a trajetória de Pagu.
Assim seguimos com nosso papel de difundir ideias e histórias em busca de um mundo melhor.
Afinal, como dizia o poeta, precisamos conhecer nossa aldeia, nosso mundo para nos conhecermos.
Annete Moreira para o Momento Cult Tur e Rádio Marca Brasil
www.radiomarcabrasil.com
Annete, my dear: acabei de te conhecer no Insta, por meio de seu último post, qdo vi q vc é seguida por uma amiga querida q é a Marília Previdi, assessora de imprensa do agronegócio, como eu. Fiquei curiosa e fui para o seu perfil, e pra minha surpresa, além de jornalistas, descobri q temos muito mais em conum: eu tb sou escritora, poeta, apresentadora, além de ter vários blogs sobre os assuntos q vc escreve, q tb são minhas paixões: literatura, com L MAIÚSCULO, história, em especial do Brasil, turismo, gastronomia, enologia, saúde e bem-estar, etc, etc, etc....assim, PRECISAMOS nos conhecer, né? Pelo q entendi vc vive em Paris, mas vem ao Brasil com frequência? Como é essa estória da peça sobre a Pagu? Claro q vc soube q ela foi a HOMENAGEADA da Flip2023, né? Vc não levou esse projeto pra lá? Olha, entre mil outras coisas q eu faço, tenho esse blogsite aqui www.pratodecerejas.com.br, dá minha editora Prato de Cerejas, onde pretendo divulgar td o q for possível sobre o fazer literário, especialmente o de mulheres, q quase sempre são esquecidas, como é o caso da Pagu, uma grande pioneira no debate feminista, político e literário. Bom, espero q a gente comece logo um diálogo sobre td isso. Um beijo com carinho.
ResponderExcluirMarisa